domingo, 23 de março de 2014

A pele das cobras






 COMO as cobras não têm patas, elas precisam de uma pele resistente para aguentarem o constante atrito com o chão ao se locomoverem. Algumas espécies sobem troncos ásperos, enquanto outras se entocam na areia grossa. 

 A espessura e a estrutura da pele da cobra variam de uma espécie para outra. Mas a pele de todas as cobras tem algo em comum: ela é dura por fora e é gradativamente mais macia por dentro. Qual é a vantagem disso? “Um material em que há uma transição de uma parte rígida por fora para uma parte flexível por dentro pode distribuir a força de impacto sobre uma área maior”, diz a pesquisadora Marie-Christin Klein. Essa estrutura especial da pele das cobras permite que o corpo tenha tração suficiente com o chão para a cobra se locomover. Ao mesmo tempo, quando a cobra rasteja sobre pedras pontiagudas, a estrutura da pele distribui o peso do corpo uniformemente de forma a causar o mínimo de dano à pele. Essa resistência é vital, pois geralmente as cobras só trocam de pele a cada dois ou três meses. 

 Materiais com as propriedades da pele das cobras podem ser úteis na medicina, por exemplo, na fabricação de implantes e próteses artificiais antideslizantes e bem mais resistentes. Também, se um sistema de esteiras transportadoras utilizasse a estrutura da pele das cobras, isso poderia diminuir o uso de lubrificantes poluentes.

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