quinta-feira, 2 de julho de 2015

A ponta da asa das aves planadoras


Uma águia voando com as penas da ponta da asa viradas para cima



 ESPIRAIS de ar são formadas na ponta das asas dos aviões quando voam. Essas espirais, ou vórtices, aumentam o arrasto, ou seja, a resistência contra o ar, aumentando assim o consumo de combustível. Elas também atingem aviões que talvez estejam logo atrás. Por isso, os aviões que decolam de uma mesma pista precisam ter espaço suficiente entre si para que os vórtices se dissipem.

 Engenheiros aeronáuticos descobriram uma forma de reduzir esses problemas: os winglets, inspirados na ponta das asas das aves planadoras, como águias, cegonhas e gaviões.

 Analise o seguinte: Durante o voo, as penas na ponta das asas dessas aves se dobram para cima até ficarem quase na vertical. Isso permite o máximo de sustentação com o mínimo de envergadura, além de melhorar sua capacidade de voo. Engenheiros imitaram esse detalhe por projetar asas de avião com winglets, ou seja, com a ponta das asas dobrada para cima. Usando inovadores testes em túneis de vento, eles descobriram que, quando as asas estão precisamente dobradas nas pontas e devidamente alinhadas com o fluxo de ar, o desempenho do avião melhora — atualmente de 1% a 10%, às vezes até mais. Por quê? Oswinglets reduzem o arrasto por diminuir o tamanho dos vórtices. Além disso, os winglets também criam um tipo de propulsão que “contrabalança uma parte do arrasto normal de um avião”, diz a Encyclopedia of Flight (Enciclopédia do Voo).

 Assim, os winglets permitem que os aviões voem mais longe, levem mais carga, tenham asas menores — o que também facilita estacioná-los — e economizem combustível. Em 2010, por exemplo, as empresas aéreas “economizaram mais de 7,5 bilhões de litros de combustível de aviação em todo o mundo”, o que contribuiu para uma enorme redução das emissões de poluentes de aeronaves, de acordo com informações da Nasa.

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