UM BANDO de aves levanta voo de repente no meio da floresta. Um espetáculo de cores vivas! Essa cena impressionou os exploradores europeus que chegaram às Américas Central e do Sul no fim dos anos 1400. O que eles viram eram araras, papagaios de cauda longa que habitam as regiões tropicais das Américas. Em pouco tempo, mapas da região continham gravuras dessas magníficas aves. Elas se tornaram símbolo do paraíso recém-descoberto.
Tanto o macho como a fêmea têm cores vivas, o que não é comum entre as aves coloridas. As araras também são inteligentes e sociáveis. Seus gritos são altos e estridentes. De manhã cedo, elas saem voando em bandos de umas 30 aves para procurar sementes, frutas tropicais e outros alimentos. Assim como é típico dos papagaios, as araras geralmente seguram o alimento com as garras e comem com o bico grande e curvado. Elas conseguem quebrar até a casca dura de nozes. Depois de se alimentar, costumam voar em bandos para rochedos ou margens de rios para comer barro. Isso pode ajudar a neutralizar o efeito das toxinas dos alimentos e suprir os elementos químicos de que precisam.
As araras normalmente ficam com o mesmo parceiro a vida toda. Tanto o macho como a fêmea cuidam dos filhotes. As várias espécies fazem ninhos em árvores ocas, em buracos em barrancos e cupinzeiros, ou em cavidades e fendas de rochedos. É comum vê-las alisando as penas umas das outras com o bico. Em seis meses os filhotes já estão plenamente desenvolvidos, mas ficam com os pais por uns três anos. Na natureza, as araras vivem de 30 a 40 anos. Mas em cativeiro algumas vivem mais de 60 anos. Existem cerca de 18 espécies de araras.
Araracanga. Tamanho: 85 centímetros
Araraúna ou arara-azul-grande. Tamanho: até 1 metro. O maior de todos os papagaios; pode pesar mais de 1,3 quilo
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